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  • Foto do escritorRafael Oliveira

Técnicas milenares no combate a dor na coluna vertebral



Ventosaterapia e dor na coluna

A dor na coluna vertebral é um sintoma muito frequente e corriqueiramente limitante. Aliás, indivíduos que são assíduos conhecedores de tal desagradável sensação procuram diversas terapias capazes de amenizar essa desoladora aflição. Exercícios, tratamentos farmacológicos e massagens estão no rol de possibilidades indicadas para as queixas álgicas da coluna. Contudo, nem todas as pessoas desfrutam de melhoras satisfatórias, fato esse que tem estimulado novos conceitos terapêuticos ou, simplesmente, o resgate de intervenções milenares pouco utilizadas pela medicina contemporânea. Um exemplo é a ventosaterapia, nomenclatura modernizada de um tratamento asiático tradicional onde um copo é aplicado sobre a pele (abrangendo a área dolorida) para promover sucção. Supõe-se que tal estimulo aguce a circulação sanguínea regional, modificando a temperatura local e favorecendo o alivio da dor. Inclusive, em certos casos, o poder de aspiração do método é tão consistente que acaba por dilacerar a pele e provoca um pequeno sangramento. Muitas discussões envolvem essa terapia, sendo que a medicina tradicional ainda questiona seu sucesso prático. Um estudo randomizado de 2016 com 60 participantes avaliou a ventosaterapia versus ausência de tratamento. Seus resultados declararam que os indivíduos que sofreram intervenção apresentaram uma melhora subjetiva da sintomatologia (1). Um outro ensaio randomizou 50 pacientes e também concluiu que tratamentos que envolvem a sucção de uma área dolorida desenvolvem vantagens sintomatológicas (2). Aliás, existem indícios de que, além de atuar satisfatoriamente na dor, essa modalidade terapêutica possui baixos índices de efeitos adversos (3). Todavia, revisões sistemáticas postam-se de forma mais categórica quanto a indicação desses métodos asiáticos. Embora possam existir evidências de benefícios clinicos em pacientes submetidos a essas intervenções, os ensaios clínicos disponíveis são metodologicamente comprometidos, situação essa que requer estudos mais substanciosos (4, 5). Assim, em um contexto prático, não vejo contra-indicação ao uso dessas terapias milenares em casos específicos. Embora a literatura atual ainda careça de maior robustez cientifica, a melhora subjetiva é válida e os efeitos adversos não são consideráveis.


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