A evolução médica é continua existindo, assim, a necessidade constante de adaptação para promover manejos contemporâneos e efetivos para os pacientes. A toxina botulínica é uma neurotoxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum e passou a ser utilizada como terapia médica por volta dos anos 60. Sua atividade mais difundida diz respeito a questões estéticas, sendo empregada na procura de perpetuar, ou esticar, a juventude. O que poucos sabem é que essa substância tem sido cada vez mais prescrita por outras especialidades, como a neurologia e a neurocirurgia, com resultados muito satisfatórios. Aliás, sua descoberta como terapia foi realizada em procedimentos oftalmológicos.

     Refere-se a uma das substâncias mais tóxicas existentes e pode ser dividida em oito tipos (A, B, C1, C2, D, E, F, G) (1). Todos atuam bloqueando a liberação de acetilcolina, o principal neurotransmissor da junção neuromuscular, causando paralisia do músculo (1, 2). O tipo A é o mais comumente indicado em tratamentos médicos sendo, também, o mais potente, seguido pelo B. O pico do efeito paralítico ocorre dentro de quatro a sete dias após a injeção (1). Alguns pacientes (entre 5 a 15%) podem desenvolver anti corpos com a aplicação de tal substância, fato esse geralmente verificado quando se utiliza mais de 200U por sessão ou faz-se terapias com intervalo inferior a 1 mês (3). Com certeza refere-se a uma toxina com grande utilidade médica. No campo neurológico pode ser indicada em:

 

• Enxaqueca e dores de cabeça crônicas

• Espasticidade, geralmente por acidente vascular cerebral e esclerose múltipla

• Distonias

• Tiques

• Espamos e blefaroespasmos

• Tremor

• Dores cervicogênicas

 

     Portanto, é mais uma opção no tratamento de pacientes com mazelas neurológicas. Aos profissionais cabe atenção no momento de preparar o produto para não inutilizá-lo. Caso tenha mais dúvidas, entre em contato. Será um prazer atende-lo.