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Foto do escritorRafael Oliveira

Fratura de Sacro



As fraturas de sacro são incomuns, sendo, dessa maneira, sub diagnosticadas e tratadas das mais diversas formas. Geralmente ocorrem em conjunto com fratura pélvica. Portanto, para questões de estabilidade, o sacro e a pelve funcionam como uma só unidade. A classificação de Denis é o método mais simples para se definir uma fratura de sacro.



CLASSIFICAÇÃO DE DENIS


1) Fratura Zona I - Fratura da região alar do sacro. Não atinge os forames nem a região central do sacro. Geralmente ocorre devido a pressão lateral. Raramente gera déficit neurológico. Ocasionalmente associada com lesão da raiz de L5. Geralmente é estável pois os ligamentos sacro ilíacos posteriores permanecem estáveis.


2) Fratura Zona II - Fratura que envolve um ou mais forames sacrais mas não compromete a região central do sacro. Geralmente são fraturas verticais. Secundária, comumente, a acidente automobilístico. De forma geral, geram instabilidade da pelve e déficit neurológico está presente entre 28 a 54% dos casos mas dificilmente causa comprometimento vesical. Pode estar associada a lesão unilateral das raízes de L5, S1 e S2.


3) Fratura Zona III - Fratura que envolve os forames e a região central do sacro. Pode ser vertical ou horizontal/transversa (fratura do saltador suicida). A fratura vertical está intimamente associada a fratura do anel pélvico. Possui alta associação com lesão radicular e/ou cauda equina gerando déficit neurológico. Associação com distúrbios vesicais.



TRATAMENTO


Por serem sub diagnosticadas e raras, as fraturas de sacro mantém um tratamento bem controverso. Deve-se, inicialmente, avaliar a pelve assim como sangramentos abdominais. Portanto, a participação de um medico traumatologista e um medico cirurgião geral é fundamental. A grosso modo, o tratamento também é direcionado pela classificação de Denis.


1) Fratura Zona I - Geralmente estável e sem déficit neurológico. Deve-se, então, tratar com repouso e analgesia. Greenberg sugere que caso haja comprometimento de raiz de L5, cirurgia deve ser considerada.


2) Fratura Zona II - Quando estáveis, o tratamento deve ser repouso e analgesia. Se esse falha, deve-se considerar cirurgia. Se instável, deve-se considerar cirurgia. Greenberg considera a cirurgia para descompressão e fixação como primeira opção.


3) Fratura Zona III - Fraturas horizontais baixas não comprometem a estabilidade da pelve devendo ser tratadas com repouso e analgesia. Fraturas horizontais altas e as verticais comprometem a estabilidade da pelve e devem ser tratadas com estabilização cirúrgica. A recuperação de déficit neurológico não é garantida.

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