Evidências científicas - A verdadeira ciência.
- Rafael Oliveira
- 23 de nov. de 2020
- 2 min de leitura

O termo evidência científica serve para determinar o grau de validade de um estudo epidemiológico. Ou seja, qual é o poder de generalização de certo estudo. Obviamente, a metodologia adotada irá influenciar muito na força de generalização de um estudo. Além disso, técnicas estatísticas também atuam no sentido de tornar mais fidedigno os resultados obtidos.
Em meio a diversas técnicas para se definir a graduação de um trabalho científico, acho a mais prática e interessante a classificação do “Oxford Centre for Evidence-based Medicine”. A divisão é feita apontando o nível de evidência e o grau de recomendação.

Observe que o maior grau de evidência científica gira em torno dos ensaios clínicos randomizados. E que, quando tais estudos são submetidos a uma revisão sistemática (meta-análise), eles se tornam mais passíveis de generalização. Uma revisão sistemática nada mais é que uma técnica estatística que lapida estudos com o intuito de aumentar a amostragem e otimizar os resultados.
Muitas pessoas falam da revisão por pares, do inglês “peer review” ou “referee system”. Esse processo se refere a um sistema de arbitragem onde manuscritos de pesquisas são revisados por especialistas da área que não fizeram parte do estudo. Esse processo gera mais qualidade e credibilidade aos artigos. Todavia, o método não tem a capacidade de modificar o grau de evidência científica prévia do estudo. Aliás, quase 50% dos estudos peer review são aprovados no estado original, sendo que menos de 7% são reprovados (1). Em outras palavras, um estudo científico 1A possui pequenas chances de estar equivocado.
Um ponto de extrema importância é que todos os níveis de evidência, inclusive o 5, são considerados CIÊNCIA. Entretanto, uns terão maior validade, ou seja uma maior força de generalização, e outros terão menor validade científica.
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