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  • Foto do escritorRafael Oliveira

Como faço o diagnóstico da Doença de Parkinson?



  A Doença de Parkinson é uma mazela que assusta muito as pessoas. Até porque sua sintomatologia pode ser consideravelmente limitante. Como grande parte das doenças, seu diagnóstico precoce pode suavizar a evolução da patologia e oferecer uma melhor qualidade de vida ao seu portador. Todavia, em vista de se tratar de um diagnóstico meramente clinico, muitas vezes, até os especialistas da área encontram dificuldade em definir de forma definitiva tal situação. A tecnologia ainda não conseguiu disponibilizar exames complementares objetivos capazes de produzir de forma fidedigna e indubitável o diagnóstico da Doença de Parkinson. Desse modo, critérios são estabelecidos para tentar enquadrar sintomas em uma entidade clinica mais palpável. Existe certa concordância especializada que para se firmar convicção há necessidade da combinação dos sinais motores cardinais. Entre eles podemos citar tremor de repouso, bradicinesia, rigidez plástica com presença de roda dentada e anormalidades posturais. Entretanto, grande parte dos casos não preenche de maneira direta todos esses critérios o que, muitas vezes, gera um impasse diagnóstico. Em vista dessa dificuldade, os critérios do Banco de Cérebros da Unidade de Parkinson do Reino Unido vem sendo bastante utilizados para essa difícil orientação especializada. Eles são divididos em três categorias e tentam, de uma forma mais direta, conduzir o médico a um complicado e definitivo diagnóstico de maneira segura até mesmo para implementar uma possível terapia subsequente.

· Critérios necessários para diagnóstico de Doença de Parkinson– Bradicinesia e pelo menos um dos seguintes sintomas (rigidez muscular e/ou tremor de repouso).

· Critérios negativos para Doença de Parkinson– História de acidente vascular cerebral; história de trauma craniano grave; história de encefalite; história de tratamento prévio com neurolépticos; remissão espontânea dos sintomas; quadro clinico unilateral após 3 anos; paralisia supranuclear; sinais cerebelares; sinais autonômicos precoces; demência precoce; liberação piramidal; tumor cerebral; hidrocefalia, ausência de resposta com altas doses de levodopa; exposição a metilfeniltetrapiridínio.

· Critérios sugestivos de Doença de Parkinson (necessário três ou mais para confirmar o diagnóstico)– Inicio unilateral; tremor de repouso; progressividade, manutenção de assimetria sintomatológica; boa respostas a levodopa; discinesias vinculadas a levodopa; resposta satisfatória a levodopa por mais de 5 anos; evolução clinica maior que 10 anos.

Portanto, pode-se observar que se a clinica não preencher completamente os sinais motores cardinais, a combinação de sinais e a exclusão de certas condições pode conduzir o especialista ao diagnóstico. Sempre relembrando que ainda se trata de uma mazela que não pode ser confirmada por exames complementares, fato esse que sempre irá gerar confusões e dúvidas.

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