top of page
  • Foto do escritorRafael Oliveira

Cérebro, rubéola e gravidez.



Cérebro, rubeola e gravidez

A gravidez é um período de extrema felicidade. Porém, está associada a dúvidas sobre a condução do futuro bem como o medo materno de contrair determinadas doenças que possuem o poder de interferir no bom desenvolvimento do feto. A infecção pelo vírus da rubéola é uma dessas amedrontadoras circunstâncias. Sua ocorrência entre 0 e 12 semanas de gestação pode trazer graves consequências para o feto em virtude da teratogenicidade do virus. Mais ou menos 10% dos casos terminam em aborto ou natimortos. A agressividade da infecção é tão considerável que 20% dos nascidos vivos morrem antes dos 2 anos de idade ou acabam com déficits neurológicos e/ou de desenvolvimento graves. Esses podem ser caracterizados por distúrbios da visão ou audição, retardo mental severo, crises convulsivas, injúrias sanguíneas (anemia, trombocitopenia) e paralisa cerebral. No Sistema Nervoso Central (SNC) o vírus interfere no crescimento celular. Pode ser o causador de meningite, encefalite, vasculite e retardo da mielinização. Nos primeiros meses tais agressões podem se manifestar através de letargia, fontanelas abauladas, irritabilidade, distúrbios do sono e aumento da proteína liquórica. A partir dos 18 meses de idade pode ocorrer quadro convulsivo, hiperatividade, defeito de postura e discrepâncias pondero-estaturais. Aos 3 anos de idade as dificuldades de fala são evidentes. Apesar das graves consequências, ainda se refere a uma síndrome pouco compreendida, fato esse que, em indivíduos comprometidos, torna o prognóstico muito pobre e nebuloso.


43 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page