Atualmente, o diagnóstico de transtorno de espectro autista tem ganho força e destaque. E diversos fármacos têm sido utilizados para esse fim. Entretanto, é de suma relevância destacar que não existem medicamentos para tratar autismo. O pilar terapêutico segue sendo acompanhamento comportamental e psicológico. Porém, certas drogas são úteis em sintomas que orbitam ao redor desse quadro tão florido. E alvos comuns são a agressividade e auto-mutilação. Durante muito tempo, fármacos como o haloperidol e a clorpromazina eram prescritos rotineiramente para sanar tais circunstâncias. Todavia, devido as suas fortes e intrínsecas associações com distúrbio extra-piramidais, vêm sendo paulatinamente substituídos por anti-psicóticos atípicos. E, nesse heterogêneo grupo, destacam-se a risperidona e o aripiprazol. Inúmeros estudos comparam a efetividade de tais drogas no controle da agressividade e atitudes auto-lesivas. E ambos possuem ótima resposta terapêutica. A risperidona segue sendo a primeira escolha pelo fato de ser mais acessível e por não ter diferença no desfecho quando comparada ao aripiprazol. Desse modo, trata-se de um excelente fármaco no auxílio a essa complicada patologia.
Existe um Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica para a abordagem dessa situação. Foi disponibilizado através da Portaria número 324 de 31 de março de 2016. Orienta, de modo conciso, como atuar frente esse quadro.