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  • Foto do escritorRafael Oliveira

Novidades sobre Doença de Alzheimer



A Doença de Alzheimer sempre foi associada a deposição de proteína beta amilóide nos neurônios. Essas são um conjunto de aminoácidos que formam as placas neuronais características desse tipo de demência. Durante as sequenciais investigações sobre a doença foi descoberta, posteriormente, a proteína tau. Porém, a ciência médica não possuía, na época, tecnologia capaz de quantificar e qualificar a atuação dessa nova substância em dramática patologia. Para análise cerebral da deposição da proteína beta amiloide era utilizado um estilo de tomografia de crânio, conhecido por tomografia com emissão de pósitrons. É basicamente o exame tradicional com a injeção de contraste com afinidade a substância que se quer estudar e identificar. Ou seja, o contraste torna, no caso, a proteína pesquisada mais visível ao exame. Juntamente com estudos post morten, concluiu-se que indivíduos portadores da Doença de Alzheimer possuíam as tradicionais placas amilóides. Entretanto, as pesquisas mostraram que 30% das pessoas normais também eram possuidores de um acúmulo anormal da proteína beta amilóide. Assim, nem sempre, as placas poderiam ser associadas a patologia. Estabeleceu-se a dúvida nessa complexa e assustadora doença. Com a descoberta da tau, passou-se a associá-la aos problemas neurodegenerativos e aos sintomas. Todavia, como se dava tal atuação e sua definitiva relação não podia ser comprovada pela limitação de sua análise. Essa era feita através de exame laboratorial do liquor (o líquido da espinha) post morten. Mas a tecnologia médica seguiu evoluindo e foram desenvolvidas substâncias que, associadas a tomografia com emissão de pósitrons, eram capazes de ligar-se a proteína tau em pessoas vivas. E, desse modo, foram analisados 46 pacientes com e sem Doença de Alzheimer. Durante tal estudo foi constatado que, em pessoas acometidas pela patologia, existia um acúmulo anormal da proteína tau no lobo temporal, o centro da memória. E, incrivelmente, nos mesmos pacientes, não ocorria aumento da proteína beta amilóide a nível neuronal. A conclusão foi de que a proteína tau possui maior capacidade de identificar precocemente esse tipo de demência bem como sua evolução para quadros mais graves.


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