Quando fala-se em dietas cetogênicas, muitos experts insistem em afirmar tratar-se de um condição patológica. Entretanto, existem situações muito bem estabelecidas, até com diferentes nomenclaturas, que podem facilmente esclarecer essa dúvida. Os ácidos graxos, ou gorduras, quando metabolizados no fígado, dão origem aos corpos cetônicos. Esses possuem a capacidade de servir como combustível celular. Portanto, quando você passa a utilizar cetonas ao invés de glicose para manter suas funções vitais, pode-se dizer que você alcançou o estado de cetose. Nesse observamos taxas de 7 a 8 mmol/L de ácidos cetônicos circulantes e diz respeito a um estado fisiológico totalmente normal e, inclusive, esperado em momentos de jejum. Já a cetoacidose é vista, principalmente, em pessoas com diabetes tipo 1 descompensada. Nesses casos, os níveis de cetonas no sangue ultrapassam o incrível valor de 20mmol/L. Trata-se, assim, de uma condição patológica que inclusive pode gerar complicações cerebrais. Deve, portanto, ser instituída terapia imediata para evitar possíveis sequelas. Logo, não confunda. A cetose é um estado orgânico totalmente normal. A cetoacidose é uma situação não salutar que requer atendimento médico de urgência.