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POLINEUROPATIAS INFLAMATÓRIAS IDIOPÁTICAS

O que são as polineuropatias inflamatórias idiopáticas?

    As polineuropatias inflamatórias idiopáticas são lesões desmielinizantes que afetam a  bainha de mielina. Seus dois principais representantes é a Síndrome de Guillain Barré e a polirradiculopatia desmielinizante inflamatória crônica.

Síndrome de Guillain Barré

   A Síndrome de Guillain Barré é uma polirradiculopatia desmielinizante inflamatória aguda, antecedida, em 60% dos casos, por infecções do trato respiratório superior, gastrointestinal ou doença febril. Geralmente, inicia com parestesias nos pés e mãos e alguns dias após dá-se paralisia ascendente e simétrica, rapidamente progressiva associada a arreflexia. Raramente, ocorre sintomatologia descendente. Ao exame neurológico, dificilmente, observa-se déficit sensitivo. Deve-se atentar para a função respiratória, pois, em algumas circunstâncias, pode ocorrer paralisia da musculatura responsável por tal função, necessitando ventilação mecânica. A progressão da patologia atinge o ápice em 30 dias. Caso, após esse período, ocorra piora clínica, considera-se a possibilidade de polirradiculoneuropatia subaguda ou crônica. Uma variante da Síndrome de Guillain Barré é a Síndrome de Miller Fisher, onde há envolvimento, também, de nervos cranianos, gerando oftalmoplegia e ataxia.

       O diagnóstico é dado por aumento de proteínas no líquor que começa a elevar-se alguns dias após o inicio dos sintomas e atinge o pico em 4-6 semanas.

    O tratamento é feito com imunoglobulina EV (0,4g/kg/dia) durante 5 dias ou plasmaferese. O prognóstico é bom, sendo que a maioria dos pacientes obtém completa recuperação.

Polirradiculoneuropatia desmielinizante inflamatória crônica

     A polirradiculoneuropatia desmielinizante inflamatória crônica é uma condição de causa desconhecida onde a fraqueza gradual, progressiva e simétrica possui duração de, pelo menos, 2 meses. Ao exame clínico não observa-se déficit sensitivo.

     A eletroneuromiografia é importante para o diagnóstico. O tratamento pode ser feito com prednisona VO (1mg/kg/dia) reduzindo a dose progressivamente após melhora do quadro. Os casos refratários considera-se a azatioprina, embora existam poucas evidências de sua efetividade.

Rafael Oliveira - Médico Neurocirurgião e Cirurgia de Coluna 

Porto Alegre - RS

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